Wednesday 11 April 2012

D365 - (Re)Criando o corpo livre


O processo criativo muitas vezes é castrador pois não sabemos ou temos medo de viver a liberdade.
Imitamos, repetimos, ensinamo-nos a ser iguais a tantos outros que por si, na maioria dos casos, também não são únicos...e os que são únicos, escolheram ser assim, escolheram a sua liberdade, permitiram-se ao seu direito de (se) criar livremente!

O nosso corpo tem em si a nossa história, absorveu as nossas emoções, os nossos pensamentos...tudo ficou naquela superfície...uma espécie de segunda pele... quando nos movemos contamos essas histórias, limitamo-nos ao que se acumulou em nós nesse tempo tão pequeno...

Noto em mim e no meu corpo que ainda lhe falta a liberdade de expressar a minha alma, expressar-se além de mim...sinto em mim a necessidade de romper essa pele que encobre com histórias o momento de entrega à liberdade. Sem a procura dos padrões de beleza, do correcto ou do que fica bem, do que é esperado.

Um momento de pura expressão do que somos quando despimos esta pele que nos assemelha, fora deste corpo no qual habitamos, porém trazendo ao aqui e ao agora, através deles, o que é mais puro da nossa essência em sintonia com as essências dos que nos rodeiam, partilham e celebram esta liberdade.

Não sei o tempo que poderei levar a cumprir esta proposta da Iris, que define bem o que tenho procurado na dança... parece-me um miragem ainda... mas aceito o desafio e caminho.

Parece-me um desafio assustadoramente longo e maravilhoso!

:)

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