Friday, 24 February 2017
Thursday, 23 February 2017
Feliz dia das COMADRES
"COMADRE — Em espanhol, esse termo significa
algo semelhante a "eu sou sua mãe e ao mesmo
tempo você é minha mãe". E uma palavra usada
para descrever a relação íntima entre mulheres
que cuidam uma da outra, que dão ouvidos e
ensinam uma à outra, de uma forma na qual a
alma está sempre incluída; às vezes ela é o
assunto da conversa, e às vezes é com ela
diretamente que se fala."
Clarissa Pinkola Estés
Quando fecho os olhos
Quando fecho os olhos abrem-se janelas para mundos ricos de formas, sons, histórias, cores, sabores...
Quando fecho os olhos crio argumentos, guiões, monumentos, visões, linguagens, padrões...
Este mundo interior rico e cheio acompanha-me desde criança, mergulhei com ele nos espaços mais sombrios e aterradores e voei também nos espaços desafiadores do crescer. Sempre foi muito fácil trazer esta criatividade para fora, quando os olhos estão abertos, usá-la para o meu benefício, dá-la a conhecer ao mundo. Fazer dos sonhos e visões histórias como se fossem reais, pode ser uma defesa perante um mundo funcional e imediato, mas acima de tudo é a expressão mais pura e rebelde do poder que cada um de nós tem para criar realidades. Assim nascem os génios loucos, temos muitos desses na história... É não são só cientistas, físicos, químicos, etc... São também os xamãs, os artistas, os alquimistas, os magos, as bruxas, os curandeiros, etc... Há um acreditar louco em algo que nos move por dentro, que se mexe das vísceras até ao córtex, que cria, imagina, liga, conecta para propor hipóteses, possibilidades de mundos reais, que se propõe a vive-los!
A mensagem que deixo hoje é a de te atreveres a mexer nesse mundo da tua imaginação e de deixares que ele te mova, tanto de olhos abertos, como fechados, porque a forma mais eficaz de alimentares a tua imaginação é permitires que ela te alimente a ti, no reconhecido e eterno ciclo de reciprocidade, dando-se e dando ao mundo!
Boas noites e bons sonhos!
💮
Fotografia: Ana Chousa
Sunday, 19 February 2017
Mi padre!
Este es mi padre! É dizê-lo assim para o mundo é uma grande conquista!
Fomos separados ainda antes de eu nascer por força de várias circunstâncias, entre elas o regime ditatorial cubano, razão pela qual não foi possível registar a paternidade.
Mãe portuguesa, pai Cubano, gerada em Vigo, na Galiza, nascida em Portugal.
Desde que aprendi a falar aprendi as duas línguas (português e espanhol) e quando aprendi a escrever tentei transcrever aquilo que falava em duas línguas. E isto foi de extrema importância para que a milhares de quilómetros pudéssemos manter o contacto. As cartas demoravam (e ainda demoram) 4 semanas a chegar a Havana e 2 meses a chegar a Portugal. Ainda assim o nosso Amor se expressou assim por anos e anos a fio! Estas cartas significaram tanto para mim que durante muito tempo, na minha adolescência, a minha relação com o masculino, para além de platónica, era expressa em cartas de Amor anónimas e durante muito tempo acreditei que o Amor só era real se existisse saudade.
A minha mãe sempre me disse que eu era paciente, tolerante e ponderada como o meu pai. Nas suas cartas ele dizia-me para amar e cuidar a minha mãe e acima de tudo para ser fiel ao meu coração, lutar pelo que acredito e nunca ter medo de conquistar os meus sonhos. A Junho de 2010 rumo finalmente a Havana com a minha prima Yuly... o sonho tornava-se real, mas o que não sabíamos era que apenas uma nova fase começava. Com muita pena minha não fui a tempo de conhecer os meus avós paternos, principalmente a Matriarca que me deu o seu nome. Após a emoção e reconhecimento, o choque cultural foi tremendo para mim. Reconhecer-me naquela origem e aceitar o meu masculino distante agora presente, levou-me a recusar o registo de paternidade. Foram precisos quase 9 anos, muitas viagens interiores, muita Catarse e muito silêncio para processar o que se moveu em mim naqueles 15 dias em Cuba.
7 anos depois, reconheço em mim a compaixão, o perdão e a pacificação e iniciamos agora, finalmente o processo de perfilhação. Este reconhecimento não apenas o de uma aceitação de pai <-> filha, é o reconhecimento de que não só eu sofri com a sua ausência no meu desenvolvimento e gostaria de ter a sua proteção nos momentos que mais a exigiram, mas ao mesmo tempo de que ele, como filho, vindo de um seio familiar de amor, estrutura e suporte também sofreu por querer dar-me o que ele teve, sem poder agir. E neste anos aguardamos com resiliência pelos processos de cada um e burocráticos, quase quase em ponto de serem resolvidos.
E assim esta figura que por muito tempo me pareceu estranha hoje é a minha conquista e a minha inspiração. Este olhar doce e carinhoso hoje é um chão que me apazigua o coração e as escolhas que a minha alma fez ao encarnar através de dois loucos apaixonados.
Que ao vosso coração sempre chegue a esperança e a preserverança para os casos que vos parecem inalcançáveis!
Friday, 17 February 2017
Wednesday, 10 July 2013
Gratitude
Estou grata por chegado ao seu coração
Estou grata por a ter olhado tão profundamente nos olhos
Ao ponto de ver a Deusa em si e todas as defesas caírem por terra
Estou Grata, imensamente Grata, por encontrar na minha vulnerabilidade a sua vulnerabilidade...
Ela não sabe...ou prefere não saber...
Estou grata por a ter olhado tão profundamente nos olhos
Ao ponto de ver a Deusa em si e todas as defesas caírem por terra
Estou Grata, imensamente Grata, por encontrar na minha vulnerabilidade a sua vulnerabilidade...
Ela não sabe...ou prefere não saber...
Thursday, 4 July 2013
Cosmic Love
Hoje ouve-se Florence pelo jardim!
Wednesday, 3 July 2013
Thursday, 27 June 2013
Revolta
Revolta, como a água em tempestade. Pelas gotículas que se julgam um oceano, capazes de o extinguir, pelas ondas que se julgam o poder único, capazes de fazer prostrar todo o oceano perante si, pelos pântanos que julgam ser verdadeiras nascentes, mas não se permitem fluir... revolta pelo julgamento do que parecendo ser, deixa de o ser.
Tuesday, 25 June 2013
Steps
One day I realized that my baby steps, which seemed too small to count, had taken me across the universe...
Francesca De Grandis
Monday, 24 June 2013
Thursday, 20 June 2013
Wednesday, 19 June 2013
Parábola do rei jardineiro
"Um rei procurou um mestre zen para aprender jardinagem. O mestre o instruiu durante três anos - e o rei tinha um grande, belo jardim - milhares de jardineiros trabalhavam lá - e, tudo o que o mestre dizia, o rei ia e experimentava no seu jardim. Depois de três anos, o jardim ficou pronto, e o rei convidou o mestre para ir ver o jardim. Aliás, o rei estava muito nervoso, pois o mestre era rigoroso: "Ele gostará do jardim?" - isso ia ser uma espécie de teste - "Será que ele dirá: 'Sim, você assimilou minhas lições?'"
Todos os cuidados foram providenciados. O jardim ficou comovedoramente perfeito, sem que nada lhe faltasse. Somente então o rei trouxe o mestre para vê-lo. Mas o mestre ficou triste assim que viu o jardim. Ele olhou aqui e ali, moveu-se de um lado para o outro, e foi ficando cada vez mais sério: 'Por que ele parece triste? Há algo tão errado assim?
E o mestre não parava de menear a cabeça e dizer a si mesmo: 'Não'.
Então, o rei perguntou-lhe: - Qual o problema, mestre? Que há de errado? Por que você não fala nada? Você está ficando muito sério e triste, e não pára de abanar a cabeça. Por quê? Que há de errado? Não vejo nada errado. Tudo isto é o que você me tem ensinado e o que eu tenho posto em prática no jardim.
- Ele está tão bem-acabado, que está morto. Está muito completo - é por isso que estou meneando a cabeça e dizendo não. Onde estão as folhas mortas? Onde estão as folhas secas? Não vejo uma folha seca sequer! - disse o mestre. - Todas as folhas secas tinham sido recolhidas - nas alamedas não havia folhas secas; nas árvores não havia folhas secas, nenhuma folha velha que se houvesse amarelado.- Onde estão essas folhas?
O rei respondeu: - Eu disse a meus jardineiros que removessem todas, que o tornassem tão perfeito quanto possível.
- É por isso que ele parece tão sem graça, tão artificial. As coisas de Deus jamais são acabadas - tornou o mestre. E saiu, saiu do jardim do qual todas as folhas secas haviam sido recolhidas. E voltou trazendo algumas folhas secas num balde, lançou-as ao vento, e o vento as apanhou e começou a brincar com as folhas secas e espalhá-las pelas veredas. E o mestre rejubilou-se com isso. E disse: - Veja agora, como ele parece vivo! - E uma melodia natural impregnou o ambiente com as folhas secas - a melodia das folhas secas, do vento a brincar com elas.
Agora o jardim sussurrava; antes disso, parecia sem vida, morto como o ambiente de um cemitério. Seu silêncio não tinha vida."
Parábola zen-budista, citada pelo Osho no livro Criatividade
Tuesday, 18 June 2013
Medo
Aquela porta que nos dá medo, aquele caminho bem escuro que nos arrepia e nos faz recuar...
É por aí... é mesmo por aí que devemos seguir, é nesse ponto que nos permitimos crescer!
Monday, 17 June 2013
Portas
“The doors to the world of the wild Self are few but precious. If you have a deep scar, that is a door, if you have an old, old story, that is a door. If you love the sky and the water so much you almost cannot bear it, that is a door. If you yearn for a deeper life, a full life, a sane life, that is a door.”
Women Who Run With the Wolves
— Clarissa Pinkola Estés, Ph.D
Women Who Run With the Wolves
— Clarissa Pinkola Estés, Ph.D
Fotografia: Francisca Irina Faisca
Edição: Ilda Baeza
Estudo prova que passar quatro dias na natureza sem tecnologias aumenta criatividade em 50%
Para o investigador, estes resultados provam que “enterrar-se em frente a um computador 24 horas por dia, sete dias por semana, tem custos que podem ser remediados com um passeio na natureza”.
O estudo de Strayer e dos cientistas Ruth Ann Atchley e Paul Atchley da Universidade do Kansas é publicado na revista científica PLOS ONE, da Public Library of Science, e resulta de uma experiência realizada com 56 pessoas, 30 homens e 26 mulheres, com uma média de 28 anos.
Os participantes estiveram, durante quatro a seis dias, em passeios na natureza nos estados do Alasca, Colorado, Maine e Washington, nos quais não era permitida a utilização de aparelhos eletrónicos.
Dos 56, 24 fizeram um teste de criatividade com dez perguntas antes de iniciarem o passeio e os outros 32 realizaram o mesmo teste na manhã do quarto dia de passeio.
Os resultados foram claros: as pessoas que já estavam há quatro dias na natureza tiveram uma média de 6,08 perguntas certas, enquanto os outros tiveram apenas 4,14.
“Demonstrámos que quatro dias de imersão na natureza, e o correspondente desligamento da tecnologia, aumenta o desempenho em tarefas criativas e de resolução de problemas em 50%”, concluíram os investigadores, sem esclarecer se o efeito se deve à natureza, à ausência de tecnologia ou à combinação de ambos os fatores.
Os investigadores recordaram estudos anteriores segundo os quais as crianças passam hoje apenas 15 a 25 minutes por dia em atividades de exterior e desportivas, que as atividades recreativas na natureza têm estado em declínio há 30 anos e que, em média, as crianças dos oito aos 18 anos passam mais de 7,5 horas por dia a usar o computador, a televisão ou o telemóvel.
“Há séculos que os escritores falam da importância de interagir com a natureza (…), mas não sabíamos bem, cientificamente, quais os benefícios”, disse Strayer.
Transcrito de: http://vagabundoprofissional.com
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